Jairo Pereira apresenta um solo cênico onde expõe poesias e reflexões, ocupando seu lugar de existência neste mundo e sociedade. Um homem preto, acima dos 40 anos, dialogando sobre afetos e desafetos cotidianos, dando vazão a sua ancestralidade na mesma medida que clama pra além de sua sobrevivência.
A oralidade, o existir e resistir, dentro de uma sociedade onde, sua presença é invisibilizada, geram temas profundos, que são desaguados em gestos, palavras, olhares, expressões, movimentos a preencher o palco e à plateia.
Este trabalho reúne poesias e escritos que transitam de forma atemporal na trajetória do artista, conectando obras do começo dos anos 2000 até os dias de hoje, costurando essas vivências a explanar sobre suas buscas por pertencimento e afetividades.